domingo, 3 de abril de 2011

Jair Bolsonaro




preconceito (pre- + conceito)


1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.; 2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objectivos!objetivos. = intolerância ;3. Estado de abusão, de cegueira moral.;4. Superstição.


No dia 21 de Março é comemorado o "Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial" instituído, em 1966, pela Organização das Nações Unidas em honra daqueles que morreram no massacre de Sharpeville por causa de uma manifestação pacífica contra as leis de discriminação racial.


Este dia pretende relembrar-nos de que todos os cidadãos são iguais em deveres, direitos e liberdades independentemente do sexo, idade, religião, situação econômica e raça. Não deveria existir uma data para nos lembrar sobre isso,devemos fazer desse pensamento uma rotina diária para ser usada no nosso cotidiano. Mas, apesar de todos os esforços realizados no combate a todas as formas de intolerância, racismo, discriminação racial e xenofobia, a verdade é que muitos seres humanos continuam a serem vítimas deste flagelo.


O PRÉ-CONCEITO, os racismos, a homofobia, entre tantas outras formas de " bullying" é um mal que atinge todas as sociedade e que ameaça a paz, coesão e estabilidade por isso cabe-nos sensibilizar a comunidade para a responsabilidade de prevenir e combater esse tipo de coisa repugnante, promovendo os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos.


Todas as pessoas têm o direito de discordar de algo, mas nunca descriminar, e quando a atitude de descriminação racial e orientação sexual vêm de um deputado (no caso Jair Bolsonaro) só podemos lamentar por aqueles que votaram neste infeliz e o colocaram onde não deveria estar, é lamentável que nosso maravilhoso país esteja nas mãos desses governantes horrorosos!


Vou usar aqui um texto escrito pela Psicanalista e Psicopedagoga Marli Andrade: Não vamos nos calar


Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei.


Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei.


Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei.


Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei.


Então vieram me buscar ..... Já não restava ninguém para protestar."


sábado, 19 de março de 2011

Florilégio

FLORILÉGIO (flo-ri-lé-gio)

Coletânea de trechos literários; antologia.

Seleção de coisas notáveis: florilégio de música antiga.


 

É impossível não conhecer o personagem vivido pelo ator Carlos Moreno durante 30 anos. Ele começou a interpretar o Garoto Bombril no inicio de 1978, e desde 1994, ele está presente até no "Guiness Book", o livro dos recordes, como o garoto-propaganda mais antigo do planeta, com 337 comerciais filmados para a mesma empresa.

O cara é tão bom, que palha de aço virou bombril.Ao lado de Pelé, Nelson Nedi, Reynaldo Gianechinni, ou qualquer outra celebridade, ele jamais se apagou,virava também uma celebridade.Os consumidores não compram o produto,compra o cara de óculos que dança, canta, representa - amigão do Pelé, e nos acompanha há anos.

Com um currículo desses e tendo a sua imagem até hoje associada pelos consumidores à marca Bombril (apesar de ter feito parte do elenco do programa infantil Rá-Tim-Bum, produzido pela TV Cultura em 1989 e do quadro Rádio Cruzeiro no programa Viva o Gordo, junto com Jô Soares e Paulo Silvino), o que esperar quando ele está na sua cidade em cartaz com uma peça musical? A resposta é simples e me vem rapidamente, esperamos que ele nos passe através da música e de sua excelente interpretação toda a experiência que teve como o garoto Bombril, mas quem vai esperando por algo mais publicitário, acaba se decepcionando com as piadas velhas e a fusão entre o clássico e o moderno. Vale ressaltar que todos os cartazes de anuncio das cidades por onde a peça "Florilégio musical" passou, enfatizava o fato de o garoto Bombril estar no elenco.



Florilégio é um espetáculo teatral musical, onde Mira Haar e Carlos Moreno interpretam canções de alguns dos melhores compositores da MPB nacional e internacional - entre eles: Benedito Lacerda, Billy Blanc, Dorival Caymmi, Carlos Gardel e Edith Piaf,eles entretêm o público ao som das canções dos anos dourados, mas acabam se perdendo ao cantar , em traje de gala, a cantiga "O Cravo Brigou com a Rosa",de óculos escuros em forma de rap, numa tentativa de unir o clássico e o moderno.

A duração do espetáculo é de 90 minutos, a censura é livre, as 40 músicas do repertório, são divididas em sete blocos, o repertório é ótimo a voz dos dois são impecáveis, mas eu sai do teatro desapontada, sentindo a falta do garoto Bombril, que dizia no anúncio, não o vi em nenhum momento, senti falta dos seus óculos das suas piadas inteligentes, do seu sarcasmo, e de toda a experiência que ele poderia nos transmitir, se fosse além do que, somente cantar músicas do anos 50, em uma tentativa de desvincular sua imagem da propaganda brasileira.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Monólogo Da Música o Ébrio

Monólogo Da Música o Ébrio

Vicente Celestino

Composição: Vicente Celestino

Nasci artista. Fui cantor. Ainda pequeno levaram-me
para uma escola de canto. O meu nome, pouco a pouco,
foi crescendo, crescendo, até chegar aos píncaros da
glória. Durante a minha trajetória artística tive
vários amores. Todas elas juravam-me amor eterno, mas
acabavam fugindo com outros, deixando-me a saudade e a
dor. Uma noite, quando eu cantava a Tosca, uma jovem da
primeira fila atirou-me uma flor. Essa jovem veio a ser
mais tarde a minha legítima esposa. Um dia, quando eu
cantava A Força do Destino, ela fugiu com outro,
deixando-me uma carta, e na carta um adeus. Não pude
mais cantar. Mais tarde, lembrei-me que ela, contudo,
me havia deixado um pedacinho de seu eu: a minha
filha. Uma pequenina boneca de carne que eu tinha o
dever de educar. Voltei novamente a cantar mas só por
amor à minha filha. Eduquei-a, fez-se moça, bonita...
E uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez A
Força do Destino, Deus levou a minha filha para nunca
mais voltar. Daí pra cá eu fui caindo, caindo,
passando dos teatros de alta categoria para os de mais
baixa. Até que acabei por levar uma vaia cantando em
pleno picadeiro de um circo. Nunca mais fui nada.
Nada, não! Hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha
desventura, chamam-me ébrio. Ébrio...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Chuva de verão


AGORA, A CHUVA FAZ O VERÃO "UM POUCO EMBOLORADO", MAS ESSES CONSTANTES PINGOS ME TRAZ O CHEIRO DA TERRA MOLHADA, FAZENDO A NOSTALGIA APODERAR-SE DO MEU PENSAMENTO.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tenho asas, mas ainda não sei voar.











" A TRISTEZA PODE ATÉ SOBREVOAR A MINHA CABEÇA, MAS EU NÃO VOU DEIXA-LA FAZER NINHO."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aniversário da Laura, minha irmã!!





Laura,


Quando a nossa mãe morreu fiquei muito preocupada pensando se eu iria conseguir consolar alguém que sente a mesma dor que eu, e foi nesse momento, que percebi a sua importância na minha vida e o quanto fui abençoada quando Deus me concedeu um desejo sem tê-lo pedido: Uma irmã. Você é a pessoa que entendia exatamente a minha dor, e eu a sua, por isso fomos fortes, uma permanecia lúcida para que a outra pudesse perder a sanidade, nossa dor é a mesma e saber que conto com o seu apoio incondicional torna minha carga muito mais leve,posso expressar meus medos porque você entende exatamente de onde eles vêm e sabe como mandá-los embora.


Compartilhamos tanto durante estes anos que o laço que nos une ficou ainda mais forte. Você se tornou a minha amiga, somos partes de nós mesmas, como jamais alguém poderá ser, porque conhecemos as fraquezas do nosso coração e assim podemos superá-las. Com você hoje posso rir, posso chorar,posso lhe contar tudo ou simplesmente ficar calada,com você e com nenhuma outra amiga, sou eu mesma, sem disfarces.


Aquelas terríveis brigas...Nós nos dizíamos coisas muito duras, e hoje rimos sem nos lembrarmos sequer por que tínhamos começado a brigar.


Entre todas as relações de afeto que podemos cultivar na vida, o carinho que nos une a uma irmã é único, indestrutível e não conhece jamais as distâncias, nem os silêncios.


As pessoas que conhecemos nos acham parecidas,como não ser se reconhecemos uma na outra o olhar familiar? As mesmas raízes nos unem... o lar, as vivências, a memória.


Eu e você, juntas, somos o passado da família e seremos seu futuro.


Contar com você deu à minha vida mais luz, mais alegria, mais confiança.


Nem sempre concordamos...Escolhemos percorrer caminhos diferentes,nossas opiniões, nossa maneira de enfrentar a vida podem ser diferentes...Contudo, todos os nossos problemas sempre têm solução.


Às vezes, quase como um espelho, nós nos refletimos uma na outra e, outras vezes, não podemos ser mais opostas. Mas, apesar de tudo, qualquer que seja a situação, nós nos queremos de forma incondicional.


O melhor de sermos irmãs é este sentimento tão profundo de poder dividir tudo,ocupadas com interesses diferentes, mas sempre próximas,lutando para alcançar nossas metas, mas sem nos perder de vista,vivendo nossas próprias vidas, mas sempre juntas.Sendo minha irmã, você foi testemunha tanto de minhas vitórias quanto de minhas derrotas,você sempre espera o melhor para mim, mas me aceita exatamente como sou,não existe uma brecha capaz de nos manter separadas se uma precisa da outra.


Os dias andam corridos demais, a vida nos empurra para frente, sem tempo para pensar, então o aniversário como o próprio tempo passa correndo, um dia de trabalho e obrigações, às vezes um jantarzinho, um bolo feito às pressas e só.Pois é minha irmã a gente cresceu e tudo mudou, até meu amor por você mudou,hoje ele é maior e maduro, mas o seu aniversário nunca deixou de ser importante para mim,minha irmã, minha amiga, fomos mudando junta.


Que a vida a encha de alegrias; eu estarei ao seu lado para celebrá-las.


Obrigada por tudo, TE AMO MINHA IRMÃ! Conte comigo! Mel

domingo, 26 de setembro de 2010

Viver e não ter a vergonha de ser feliz.





Estava vendo um documentário sobre Richard Halliburton, um viajante aventureiro que ficou conhecido por façanhas como cruzar os Alpes Suíços montado em um elefante, voar de cabeça para baixo em um bi plano sobre o Taj Mahal, escalar montanhas, explorar selvas etc. Sua façanha mais conhecida foi a travessia, a nado, do Canal do Panamá, em 1928, sim vocês não leram errado, esse cara fez tudo isso em uma época que esse tipo de coisa não era nada comum (para mim isso continua sendo incomum) Richard levou 9 dias para concluir a travessia, e foi acompanhado por um atirador profissional, que estava em um bote preparado para disparar caso aparecesse algum crocodilo. Foi dado como morto em 1939, aos 39 anos, depois de desaparecer ao tentar cruzar o Pacífico de jangada.


Minha maior aventura foi em Ubatuba, mais precisamente na Praia Grande,quando eu entrei no mar e andei até a água cobrir meus joelhos,sem levar uma mordida de tubarão (sim eu tenho medo deles).


Minha vida não é nenhuma grande aventura comparada a Richard Halliburton, Chuck Norris, ou Manu Karsten, (de selvagem ao extremo), a vida é muito corrida, fiquei muito tempo sem postar aqui, e só percebi que já passamos da metade do ano ao preencher um cheque, as vezes vivemos um roteiro que nos impede de enxergar a beleza da rotina e o quanto viver, por si só, já é uma grande aventura.


A rotina deve ser surpreendente, ela nos oferece a oportunidade de fazer algo diferente no que já nos é tão familiar,depende de nós, fazer a vida mais interessante.


Dias desses zapiando canais, parei na canção nova , o padre Fabio de Melo disse que a rotina não delimita o ser humano,ao contrário, as pessoas se limitam nas ações rotineiras e vivem a resmungar e a se queixar da vida que levam porque não possuem a habilidade suficiente para driblar os desafios aos quais são submetidas. São testes, experiências imensuráveis, favores de Deus.


É fato que só valorizamos alguém ou algo quando não mais encontramos ou perdemos e não temos mais sob o nosso controle aquilo que imaginávamos não ter importância,só valorizamos a vida quando estamos impedidos de viver nossa liberdade; consideramos a família quando estamos muito longe de nossas casas; enaltecemos nossos pais quando já não fazem parte do nosso convívio,enchemos os pulmões e estufamos o peito para falar bem de nosso País quando estamos longe de nossos conterrâneos, de nossa terra e nossas origens.


O fato de eu amar a minha rotina,não significa que eu não saia dela nunca, "sair da rotina" é necessário para que ao longo da vida, nossa biografia não acabe sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos, mesmo porque inevitavelmente, algum momento da vida,seremos obrigados a sair da rotina por algum motivo ruim.


Ontem fui assistir a uma peça de teatro com uma amiga, por ser comédia, rimos o espetáculo todo, e ao sair de lá não foi diferente, e depois de alguns chops nem lembrávamos mais porque estávamos rindo tanto, a ponto de doer a barriga e sair lágrimas dos olhos, estávamos rindo sem ninguém ter contado uma piada, estávamos rindo sem cócegas, estávamos rindo de nós mesmas, e rindo alto , tanto que as pessoas olhavam para trás para verem o que estava acontecendo, não nos importamos com isso, e olha que detestamos chamar a atenção, mas se for pelas risadas, pouco me importo, ainda torço para contaminar o ambiente.


Eu até tentaria explicar do que estávamos rindo, mas explicar pra que? Ninguém acharia graça mesmo, afinal, qual o sentido de rir do nada, sem motivo ou razão? A verdade é que a vida já nos deu tanto motivo para chorar, que agora não precisamos de motivos para sorrir, basta estar tudo bem,da mesma forma que nunca precisei fazer esforço para chorar, não tenho dificuldade nenhuma de gargalhar, se até as lágrimas rolam soltas, por que as risadas também não podem?


No caminho de volta pra casa, depois de recuperar o fôlego, fiquei pensando em quantas pessoas ainda são capazes de sorrir assim. Se sorrir não fosse um estado de espírito, eu guardaria essas gargalhadas dentro de um potinho fechado, só para poder abrir toda vez que eu precisar lembrar o que desaprendi, e ouvir uma gargalhada daquelas sempre que eu esquecer de como se faz para sorrir,porque nos esquecemos mesmo e só lembramos quando temos uma deliciosa noite como eu tive e comentamos: "Nossa, não me lembro a última vez que eu ri tanto assim…"


Não minha vida não é uma aventura como a de Richard Halliburton, Chuck Norris, ou Manu Karsten,eu tenho responsabilidades que me levam a rotina, e raramente posso sair dela, mas isso não a torna menos interessante ou divertida, eu to viva,não basta apenas existir, viver já é uma grande aventura.




O Que É, O Que É?


Gonzaguinha


Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...


Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...


Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...


E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...


E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...


Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...


Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...


Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...


Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...


Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...


E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...